Desde a sua descoberta, o novo coronavírus tem impactado inúmeros setores da economia mundial, seja em menor ou maior escala. Aqui no Brasil, um dos setores mais afetados foi a indústria farmacêutica.
O Brasil já contabiliza mais de 9 milhões de casos e superou 200 mil mortes. Nesse contexto, o país vem enfrentando problemas com transações internacionais e a necessidade de urgência na produção da vacina da covid-19.
Grande parte dos medicamentos produzidos no Brasil utiliza matéria-prima de outros países e, durante a pandemia, por conta de medidas de isolamento, houve um bloqueio da chegada desses insumos farmacêuticos. A paralisação de suprimentos vindos da China e da Índia, dois dos maiores produtores de insumos do mundo, e a corrida pela descoberta da vacina da covid-19 fizeram com que a pandemia causasse um grande impacto no setor farmacêutico, afetando a produção de medicamentos no Brasil.
Como ficou a demanda por insumos farmacêuticos
Cerca de 90% da matéria-prima utilizada na produção de medicamentos no Brasil é importada, proveniente majoritariamente da China e da Índia, os maiores produtores e exportadores mundiais. Com o estado de lockdown nesses países, a produção nacional foi seriamente afetada, uma vez que a restrição de voos fez com que a exportação desses insumos fosse suspensa. Uma vez que o frete aéreo com as cargas é subsidiado pelos
Outro ponto relevante para o setor diante da pandemia foi o início da corrida pela vacina da covid-19. A demanda mundial por insumos para a produção da vacina da covid-19 comprometeu não só a produção do composto da vacina em si, o ingrediente farmacêutico ativo (IFA), mas também os materiais de embalagem e aplicação, como seringas e agulhas.
Com isso, a indústria farmacêutica nacional viu a necessidade de recorrer à produção nacional para não atrasar ainda mais a produção da vacina da covid-19 no país, já que as três vacinas liberadas pela Anvisa têm seus ingredientes farmacêuticos ativos provenientes, em sua maioria, da China e Índia.
Reflexos negativos
Desde o início da pandemia, outros setores acabaram interferindo na indústria farmacêutica, como foi o caso do setor de logística e os modais de transporte. As dificuldades logísticas de transporte, causadas pelo bloqueio de voos que poderiam trazer matéria-prima e outros insumos, ocasionou uma maior procura por esses produtos no mercado internacional. Com isso, os medicamentos no país vêm sofrendo aumentos que vão desde o frete até as embalagens.
Além das dificuldades logísticas e do alto preço de insumos farmacêuticos, do alumínio e de outros materiais para embalagem e aplicação dos medicamentos, a alta no preço do frete, que subiu sete vezes em relação ao início do período pandêmico, também virou um fator negativo, que interferiu na produção da vacina da covid-19 no Brasil.
Na outra ponta, em meio ao cenário atual, a interrupção do acompanhamento médico, decorrente das medidas de isolamento social e do medo de contágio do vírus, fizeram a população reduzir as visitas médicas, diminuindo também a adesão a tratamentos terapêuticos.
Reflexos positivos
Por outro lado, os avanços tecnológicos nos campos de pesquisa e desenvolvimento têm sido impulsionados pela necessidade da farmacêutica em garantir a integridade da cadeia de medicamentos, trabalhar em novas alternativas terapêuticas e na produção nacional de medicamentos e vacinas, para atender principalmente àqueles que foram afetados pela pandemia.
A produção nacional de medicamentos no primeiro semestre de 2020 foi a maior dos últimos cinco anos, o que possibilitou a normalização do abastecimento de medicamentos para pacientes em estado grave nas UTIs públicas, entre sedativos, anestésicos, antibióticos e ansiolíticos.
A inovação da indústria farmacêutica deve se intensificar ainda mais agora que o compartilhamento de conhecimento entre especialistas e usuários é possível por meio de plataformas digitais, com menos esforços para encontrar soluções rápidas para as necessidades encontradas.
Em relação à promoção, as estratégias da indústria farmacêutica também estão mais voltadas para o digital, que, diante da pandemia, passou a ser uma necessidade. Hoje o atendimento médico virtual está difundido com a Telemedicina, que possibilita uma gestão completa de pacientes, com melhorias na adesão aos tratamentos, maior entendimento das reais necessidades dos usuários finais e promoção de mais canais de comunicação.
As soluções da Proxis para farmacêuticas
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