Doença Falciforme: o que é e como se desenvolve?

Ilustração de glóbulos vermelhos
Conteúdo validado por Luciana Soldá, Head da Proxismed

Você já ouviu falar em doença falciforme (DF)? Apesar de não ter um nome tão conhecido, esse é um dos distúrbios genéticos e hereditários mais comuns no Brasil. Estima-se que cerca de 60 mil pessoas convivam com a doença, segundo o Ministério da Saúde. Por isso, neste Dia Mundial de Conscientização sobre a Doença Falciforme, celebrado em 19 de junho, vamos explicar tudo sobre essa condição e a importância do seu diagnóstico precoce.

O que é doença falciforme?

Chamada também de anemia falciforme, a DF é caracterizada por uma alteração nos glóbulos vermelhos do sangue (hemácias). Ela é hereditária e causada por uma mudança no gene da hemoglobina, que a deixa anormal. No Brasil, a doença é mais comum na população negra.

O diagnóstico precoce e a assistência médica de forma regular são essenciais para reduzir os sintomas, prevenir complicações e prolongar a vida. Segundo o Ministério da Saúde, apenas 20% das crianças com essa doença atingem os cinco anos de idade caso não recebam o devido tratamento.

Como a DF se desenvolve?

Em pessoas saudáveis, as hemácias são células flexíveis e arredondadas, conseguindo transitar por todos os vasos sanguíneos do organismo, levando o oxigênio ligado à hemoglobina. No entanto, segundo a Biblioteca Nacional de Medicina dos Estados Unidos, uma alteração genética pode fazer com que uma hemoglobina anormal, chamada hemoglobina S, seja produzida em lugar da hemoglobina A, que é a considerada normal.

Quando uma pessoa herda dois genes com esta alteração, ou seja, um do pai e outro da mãe, ela é homozigota para hemoglobina S e é portadora de anemia falciforme. Já se a alteração genética for herdada apenas de um dos pais, ela é considerada traço falciforme, e não tem a doença. Entretanto, ela pode transmitir esse gene para os filhos. Além destes tipos de doenças falciforme, existem outros mais raros.

Em portadores de doença falciforme, a hemácia modifica o seu formato de arredondada para o de foice, o que acaba dificultando a circulação de oxigênio nos tecidos.

Quais são os principais sinais e sintomas?

A DF pode se manifestar de forma diferente em cada paciente e em diferentes graus. Geralmente, os sintomas começam a aparecer na segunda metade do primeiro ano de vida da criança. Os sinais e sintomas mais comuns são:
Anemia – incluindo fadiga;
Crise de dor – mais frequente nos ossos e articulações, e geralmente associadas com tempo frio, gravidez, problemas emocionais e período pré-menstrual;
Inchaço – principalmente nas mãos e nos pés;
Icterícia – o branco dos olhos fica amarelado.

Com o tempo, a patologia pode levar à complicações, como infecções, acidente vascular cerebral e atraso no crescimento. Ela também pode prejudicar o baço, o cérebro, pulmões, fígado, coração, rins, pênis, articulações, entre outros órgãos do corpo.

Como é realizado o diagnóstico?

A detecção precoce da doença falciforme só é possível pela realização do teste do pezinho, que é um exame de triagem neonatal. O ideal é que seja realizado na primeira semana de vida do bebê, antes de receber alta da maternidade. De forma simples e rápida, o exame consiste em retirar algumas gotas de sangue do calcanhar do recém-nascido.

Alguns pais acabam esquecendo de buscar os resultados deste exame ou nem mesmo fazem o filho fazer o teste por medo de que seja dolorido. Isso leva ao diagnóstico tardio, o que pode causar graves complicações. Portanto, é muito importante que os pais sejam responsáveis e assumam o compromisso da triagem neonatal de forma adequada.

O teste do pezinho é tão importante que tem até uma data comemorativa própria definida pelo Ministério da Saúde e celebrada dia 6 de junho. Ele é um procedimento bem simples e essencial para uma vida saudável.

O Sistema Único de Saúde (SUS) oferece a versão básica desse exame que inclui a detecção da doença falciforme. Além disso, a rede privada tem testes do pezinho ampliados que detectam mais doenças.

Doença falciforme tem cura?

Atualmente, o transplante de medula óssea é a única forma de cura para doença falciforme. Mas, por critério clínicos, apenas um pequeno número de pessoas consegue fazer o transplante. Em 2018, o Ministério da Saúde aumentou a faixa etária de transplante para doença falciforme. Agora, também pode ser feito por pessoas acima de 16 anos. Mas ainda se enfrenta um grave problema que é achar um doador compatível para realização do transplante.

Quando a condição é detectada precocemente, e o tratamento é seguido de maneira adequada, é possível ter uma boa qualidade de vida. Um acompanhamento médico ao longo da vida é muito importante para tratar as dores e prevenir situações de crise. Além disso, o paciente deve ser bem instruído no sentido de autocuidado. Com informações de qualidade sobre sua condição, ele pode evitar situações de risco e reconhecer sinais iniciais das possíveis complicações.

A Proxis, empresa especializada em jornada de relacionamento em saúde baseada em High-tech e High-care trabalha com a comunicação e o atendimento de diversas doenças de alta complexidade. Oferecemos para empresas do segmento de saúde, como farmacêuticas, um suporte com otimização de toda a jornada do paciente.

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